Os sons
A porta está aberta,
Posso ver com clareza.
A rua parece deserta,
E a lua está uma beleza.
Posso ouvir um som suave,
Bem de longe uma risada.
O barulho de uma ave,
Batendo asa em disparada.
Um cão late mansinho,
Deve ser de alegria.
Também o miau do gatinho,
E o caminhão na rodovia.
Tem uma tosse de criança,
O batido de um portão.
A freada de uma carroça,
E do carro na contramão.
Na igreja badala o sino,
Ouço passos a caminhar.
Tem voz também de menino,
Ainda na rua a brincar.
Só aqui que há silêncio,
Dentro de mim também.
Pois nesse lindo edifício,
Só tem eu e mais ninguém.
Fátima de Paula
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