Chuva
Cai a chuva bem de mansinho,
Nem chega a molhar o meu telhado.
Só me faz dar aquele soninho,
Sozinho sem ter você do meu lado.
Agora a chuva cai em torrente,
É vento batendo com força a janela.
Bate o portão pra trás e pra frente,
E eu aqui tão sozinho sem ela.
Ouço o relâmpago com raio de luz,
Agita a árvore, balança o galho.
Quase me escondo como avestruz,
Pois não sou forte como carvalho.
Nem sinto mais se ainda há chuva,
Pois meu coração está em pedaço.
O que cairia pra mim como uma luva,
Se você aqui viesse e me desse um abraço.
Fátima de Paula
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