sábado, 15 de março de 2014

De que adianta!





De que adianta embalar um sonho,
Trazê-lo preso dentro do coração.
Se continuo com meu olhar tristonho,
E não vejo em minha vida a solução.

De que adianta viver com esperança,
Tentando a todo custo me fazer feliz.
Pareço muitas vezes com uma criança,
Que tem tudo mas continua infeliz.

De que adianta o dia de novo nascer,
E de noite ter lindas estrelas no céu.
Se eu não consigo esta beleza perceber,
Pra mim não passa de desenhos no papel.

De que adianta tantas flores no jardim,
E a água jorrar cantando uma canção.
Se eu estou aqui tão sozinha assim,
Fingindo que não estou na solidão.
Fátima de Paula

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