Nasci de erro de programação,
Não era nunca para eu estar aqui.
Hoje procuro e não encontro solução,
E pelos longos caminhos me perdi...
Criança triste, sozinha, insegura,
Sempre quieta a brincar no seu canto.
Medrosa,angustiada,com amargura,
Com as lágrimas a correrem num pranto.
Crescendo e sempre me decepcionando,
Com as pessoas e a família em geral.
Ninguém entendia meu silêncio em recado,
E a solidão sempre me foi fatal.
Um abandono sem saber mesmo por que,
Criança não consegue entender.
Aos sobressaltos o que vai acontecer,
E eu sozinha sem saber pra onde correr.
Sou diferente,sou triste,sou carente,
Mas quem liga e me entende afinal.
Vou seguindo,sobrevivendo,sempre em frente,
Quero logo chegar ao meu final.
Não acho graça nessa vida que eu tenho,
Nem vejo mesmo motivo para quê.
A gente nasce,cresce e sempre vive como eu venho,
Neste mundo somente a sofrer.
Sou inquieta,procuro, quero saber,
Quais os motivos por eu estar aqui.
Mas ninguém entende,nem quer responder,
E vou vivendo minha vida sem existir.
Autoria: Fátima de Paula
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