Atarefada

Não tenho mais tempo,
Ando muito ocupada.
Nem eu me lembro,
Quando não fazia nada.

Esse nada é relativo,
Sempre fui trabalhadeira.
Gosto de fazer coisas,
 Pode achar que é besteira.

Faço tudo que eu gosto,
O que não gosto também.
O que importa é contribuir,
E sempre fazer o bem.

Tenho minhas horas contadas,
Nem posso me desviar.
Pois tenho tanto trabalho,
E nunca vou desanimar.
Fátima de Paula

Casaquinho Verde

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Casaquinho Azul

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Cachecol Verde

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Gola Barroco

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Cachecol Cores

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Posso ser

Às vezes sou ventania,
Outras sou vendaval.
Posso ser calmaria,
Mas sou sempre real.

Às vezes sou alegria,
Outras sou felicidade.
Posso ser agonia,
Mas sou a realidade.

Às vezes sou criativa,
Outras sou audaciosa.
Mas sempre positiva,
Mas também misteriosa.


Às vezes sou só ternura,
Outras sou um tufão.
Cometo alguma loucura,
Mas sou mole de coração.
Fátima de Paula

Silêncio

O silêncio sempre nos afasta,
Bem mais que a distância.
Pois é que através dele,
Percebemos  a importância.

Se te importa para alguém,
Tudo poderá ser possível.
Basta dar uma ligadinha,
Nada assim tão terrível.

A distância é uma barreira,
Para a gente poder se ver.
Mas o silêncio é danado,
Acaba com o bem querer.
Fátima de Paula 

Meia Super

                                           Meia Super

Insônia

Será mesmo falta de sono,
Ou será sonho demais?
Será que é abandono,
Creio que isso jamais.

Será que é preocupação,
Ou será grande angústia?
Pode ser também emoção,
Ou quem sabe é apatia?

Será que é enxaqueca,
Que está a incomodar?
Pode ser aquela moqueca,
Que comeu no jantar.

Insônia é coisa cruel,
Pois logo vira costume.
Torna seu dia um fel,
Todo cheio de azedume.
Fátima de Paula